Segundo o promotor eleitoral André Augusto Cardoso Barroso, a gestão municipal teria usado a máquina pública para favorecer politicamente os atuais gestores, com uma distribuição anormal de benefícios sociais às vésperas da eleição. O parecer cita a entrega em massa de cestas básicas, óculos, próteses dentárias e aparelhos auditivos — muitos sem avaliação técnica de assistentes sociais —, o que, segundo o MPE, compromete a lisura do processo.
O aumento expressivo dessas ações, comparado a anos anteriores, levanta suspeitas de favorecimento eleitoreiro. Para o Ministério Público, houve um desvio de finalidade no uso dos programas sociais, o que pode ter influenciado diretamente o voto popular.
Diante dos fatos, o MPE pede que a Justiça Eleitoral julgue parcialmente procedente a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) e casse os mandatos dos gestores.
Em nota enviada à nossa redação, a assessoria do prefeito Glêdson informou que ele está tranquilo e confia na justiça, e que aguardará com serenidade o julgamento.
O caso agora está nas mãos da Justiça Eleitoral da 28ª Zona, que decidirá se os mandatos serão mantidos ou não.
Redação: DDC