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Beatriz Tarcila Bezerra Leite e seu marido, Carlos Augusto Santos Dias, contam que, em 2024, procuraram o cartório para regularizar um imóvel rural. O objetivo era colocar o terreno no nome de Beatriz e, em seguida, conseguir um financiamento de R$ 1,5 milhão no Banco do Nordeste.
Segundo eles, a escrevente substituta Patrícia Lacerda Gregório apresentou um “pacote completo” de serviços: regularização da propriedade, contato direto com o banco, contratação de projetista e despachante de crédito. O empréstimo, segundo a funcionária, já estaria “aprovado”.
Para dar andamento, o casal afirma que foi induzido a assinar documentos — alguns, supostamente, com assinaturas falsificadas — e a pagar diversas taxas. Entre abril e julho de 2024, foram transferidos R$ 11 mil, parte para a conta pessoal de Patrícia e parte para uma conta vinculada ao CPF da tabeliã titular, Dra. Rosângelica Pereira Castelo Branco Campos.
A farsa teria sido descoberta quando os prazos para a liberação do dinheiro se esgotaram. Ao procurar a agência do Banco do Nordeste, em Juazeiro do Norte, as vítimas ouviram dos gerentes Raimundo Vandir Farias Júnior e Elisberto Lincon de Oliveira que não havia qualquer solicitação em andamento. Além disso, as assinaturas digitais nos documentos não eram deles.
O caso foi registrado em boletim de ocorrência e denunciado à Corregedoria do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), que deve investigar as acusações.
Procuramos a tabeliã do Cartório do 2º Ofício de Assaré, Dra. Rosângelica Pereira Castelo Branco Campos, mas até o fechamento desta matéria não tivemos retorno. Não conseguimos contato com a escrevente substituta acusada. Porém, em outra entrevista concedida a um meio de comunicação local, afirmou que não comentaria o caso enquanto as investigações estiverem em andamento, ressaltando que tudo está “com a polícia e a Justiça”.
REDAÇÃO: Daqui Do Cariri.