Estudo aponta aumento das temperaturas e mais ondas de calor no interior do Ceará


 Por Redação: Daqui Do Cariri

O sol tem brilhado forte no céu do Cariri e em praticamente todo o Ceará. Nos últimos dias, as temperaturas têm passado facilmente dos 35 °C, trazendo sensação térmica ainda mais alta e exigindo resistência de quem enfrenta o dia a dia sob o calor escaldante.

Em cidades como Juazeiro do Norte, Crato, Barbalha, Campos Sales e Assaré, os moradores relatam o mesmo cenário: dias abafados, noites quentes e ar seco. Para muitos, dormir tem sido um desafio, e o uso de ventiladores e aparelhos de ar-condicionado virou quase indispensável.

O Ceará está inserido na região do Polígono das Secas, uma das áreas mais quentes e áridas do país. No Cariri, a situação é particular: apesar da proximidade com áreas serranas, como a Chapada do Araripe, o calor tem se intensificado ano após ano.

Segundo dados meteorológicos, a “estação quente” dura cerca de três meses, com temperaturas médias diárias que ultrapassam os 35 °C. Em Juazeiro e Crato, a média máxima pode chegar a 36 °C durante o pico do calor.

Estudos apontam ainda que, nas últimas seis décadas, o Ceará se aqueceu 1,8 °C  um aumento expressivo que vem se refletindo em mais ondas de calor, menos noites frescas e chuvas cada vez mais irregulares.

Especialistas explicam que vários fatores contribuem para o clima quente e seco:

  • Baixa umidade do ar e curta estação chuvosa, concentrada entre fevereiro e abril;

  • Alta irradiação solar, devido à localização próxima à linha do Equador;

  • Redução da cobertura vegetal e desmatamento da caatinga, que diminui a umidade;

  • Crescimento urbano desordenado, que cria as chamadas “ilhas de calor”, onde o concreto e o asfalto retêm mais energia solar.

Nas cidades, o efeito é imediato: menos sombra, mais calor e uma sensação térmica que muitas vezes ultrapassa os 40 °C.

O calor extremo também afeta diretamente a saúde da população. A desidratação, o cansaço excessivo e os casos de insolação aumentam nesse período. Médicos recomendam beber bastante água, evitar exposição direta ao sol entre 10h e 16h e usar roupas leves e protetor solar. 



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