A decisão ocorre dois meses depois de Bolsonaro ter sido condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por participação em um plano golpista após a derrota eleitoral de 2022. Embora a sentença ainda esteja em fase de recursos, o STF entendeu que havia risco concreto de fuga e possível obstrução da Justiça. Segundo informações do inquérito, autoridades apontam tentativas de violar medidas cautelares, incluindo a tornozeleira eletrônica, além de movimentações políticas que poderiam estimular tumultos e dificultar o cumprimento da lei.
A defesa do ex-presidente reagiu rapidamente, alegando questões de saúde. Bolsonaro enfrenta sequelas da facada sofrida em 2018, além de problemas intestinais recorrentes. Seus advogados pedem substituição da prisão preventiva por regime domiciliar, afirmando que o encarceramento representa risco à vida do ex-mandatário.
Enquanto aliados classificam a prisão como “perseguição política”, adversários veem o episódio como sinal de que instituições funcionam e que ninguém está acima da lei. Nas ruas e redes sociais, o país voltou a se dividir manifestações de apoio e protesto foram registradas em diferentes capitais.
Mais do que um fato policial, a prisão impacta diretamente o cenário eleitoral e estratégico da direita brasileira. Sem Bolsonaro livre ou elegível, partidos, militantes e lideranças terão de redesenhar suas estruturas, narrativas e futuros. Para observadores políticos, o episódio pode redefinir o rumo da política nacional até 2026.
Independentemente das paixões e lados, o momento exige serenidade democrática. O Brasil vive um processo que testa suas instituições, seu pacto constitucional e sua maturidade cívica. A história está sendo escrita e o país ainda vai debater por muito tempo o significado deste 22 de novembro.
REDAÇÃO: Daqui Do Cariri.