A proposta é inspirada no turismo comunitário e ancestral, trazendo experiências únicas para os visitantes. Entre as vivências oferecidas estão encontros com rezadeiras, rodas culturais, partilhas de histórias orais e visitas a comunidades quilombolas. Para Tereza Mara, diretora do Departamento de Turismo do município, o projeto representa um marco para a preservação da herança negra:
“Essa rota valoriza a memória afro como patrimônio vivo”, afirmou.
Cultura e ancestralidade em destaque
O roteiro destaca elementos como culinária, danças, espiritualidade, artesanato e saberes tradicionais, conectando os turistas à resistência e à luta das comunidades locais. A iniciativa é fruto da parceria entre a Secretaria de Cultura, Juventude e Turismo de Salitre, o Museu de Geodiversidade e as associações quilombolas do município.
Segundo Tereza Mara, a formalização da rota também tem como objetivo integrar o projeto ao mapeamento nacional do Ministério do Turismo.
“Estamos em diálogo com os técnicos da Secretaria de Turismo do Governo do Estado do Ceará, obtendo informações para que ocorra esse registro”, explicou.
Reconhecimento nacional
O Brasil já conta com o Guia do Afroturismo no Brasil: Roteiros e Experiências da Cultura Afro-Brasileira, resultado de uma parceria entre o Ministério do Turismo e a Unesco. O documento reúne experiências de afroturismo a partir de contribuições de comunidades, empreendedores e órgãos públicos. Até agora, o Ceará ainda não faz parte desse guia — e a rota de Salitre pode ser a primeira a incluir o estado no cenário nacional.
Redação: DDC
